domingo, 28 de setembro de 2008

Antígona

_Você não está preparado para tudo isso!
_Quem é voçê para me dizer o que devo ou não fazer?!
_Aquilo que vai sobrar de você depois de mais uma estupidez.
_Suma da minha frente com esse papo idiota!
_Pra variar, já esperava por essa.
_O que você está querendo dizer com isso?
_ Mais uma daqueles que só acreditam. Saia daqui estúpida!
_Como assim?
_Ele!
_Ele? Quem?
_Eu sei tudo o que você faz.
_Como você descobriu?
_Eu sempre sei.
_Comigo vai ser diferente.
_Ele sempre diz isso: quero ser diferente, viver diferente, conhecer pessas diferentes, ter uma outra rotina. Todas já asucrinadas por ele sabem dessa conversa fiáda: escrever coisas bonitas dedicadas a elas, e como são importantes para preencher o dia-a-dia vazio, uma voz um sorriso seus já bastam para alegra-lo e todas as peripécias do amor e da vida. Que nojo!
_Eu não tenho culpa se ninguém é especial pra você igual eu sou para ele!
_Não grite imbeil! Ele diz a todas, pra depois falar e fazer piadinhas para os amigos.
_Não! Você nem o conhece.
_Mas do que imagina. Você já ouviu tudo isso?
_Já mas...
_Vamos, não seja tola, venha comigo.
_Para onde nós vamos?
_Inspirar maravilhados a beleza terrível da imagem dos campos e flores tão vivas e distantes jamais contempladas por olhos imortais.
_Parece bom.
_É bom.
_Como sabe?
_Eu sempre sei.

sábado, 23 de agosto de 2008

Um Brinde a Flexibilidade.

Todos os dias temo cair em uma rotina,
fazer sempre as mesmas coisas,
sentir as mesmas coisas,
ouvir as mesmas coisas, sendo elas boas ou não.
Sempre ouvi falar e nunca gostei da idéia de velhos conservadores,
alias sempre liguei o conservadorismo a velhos,
uma visão afunilada e uma mente fechada para as coisas novas que estam perto de nós.
Ledo engano.
Não que eu mesmo não seja tradicionalista em alguns casos,
mas percebi que, infelizmente, essa visão afunilada do mundo e das coisas ainda perciste em uma nova geração.
Sempre gostei de misturar estilos e culturas dentro de um padrão que me agrade.
Misturar, missigenar enriquece, surguem coisas novas à partir de algo já existente, é claro, tudo com bom senso, mas algumas pessoas tem dificuldade em enteder isso, não entedem que em uma partida de futebol se leva uma bola e num lual um violão e não ao contrário.
A cabeça deve estar preparada para variar de acordo com o ambiente onde se encontra,
sempre dentro de um padrão que se escolhe, a flexibilidade é mágica.
Outras eu acredito que compreedam mas por influência externa, isso eu não compreendo, não enxergam, se comportão como apêndices. Em um lugar se faz de um jeito, em outro, de outro jeito, é completamente lógico.
Seguir um estilo bom é legal , mas as vezes é pouco.
À Flexibilidade?
À Flexibilidade!

sábado, 16 de agosto de 2008

O Desespero Humano

A clava que adentra rápida e fria
mas não penetra a carne,
o que jorra é espírito, a alma.
Clava fugaz e imperdoável,
queima os corações implacável.
A noite está escura e escuto uma voz que me
convoca, ríspida e baixa.
Vou até lá.
Tudo tão escuto e sombrio,
um cão começa a me caçar,
negro, feroz,
olhos vermelhos incandecentes,
sinto seu ódio.
Corro desesperado,
grito de dor,
olho seu dentes em mim atracados.
Encarniçado arrancanca minha carne à
mardidas.
Imagino-me em um grande quarto trancado,
sem ter para onde fugir e grito, grito, sinto medo
e me agrido contra as paredes,
uma de minhas unhas quebra inteira e cai no chão.
As paredes começam a se modelar,
derretem e aparecem coloridas,
disformes, olhos enormes sobre mim.
Começo a despedaçar,
minha alma se desgruda de mim,
vejo um cheiro, e tudo se queima,
o vermelho do sangue entra em meus olhos e vejo
aquilo que não mais queria ver.
Atraco minhas afiadas em meus olhos e os arranco,
estou com uma camisa de força em um caixão.
Meu grito não sai mas que um sussuro,
já não vejo minha voz.
Tudo queima,
delira,
arde,
vibra,
a loucura,
a insanidade.
Bolas de fogo no céu negro,
fogo no chão,
abro os olhos e respiro o ar insanidade.
O cão ainda me ataca,
sangro,
ele se vai.
Fico estirado no chão,
tenho fome.
Arrasto-me ao banco mais próximo,
e vejo passando a miha frente um gato,
um gato leproso que se trança em minhas pernas,
a ossos expostos e lambe meu sangue, o agarro,
ele não tem uma das orelhas e seus pelos são mal distribuídos,
seguro-o firme e cravo meus dentes afiados bem nabarriga,
tiro suas tripas ensanguentadas a dentes,
e depois como sua orelha,
e patas,
e olhos,
e por último seu pescoço.
Já não sei o que sou,
mas quem sabe?

Trin, Trin, Trin

Acordo pela manhã ao som de um despertador
e sigo para o trabalho.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Praias Eternas

Como a praia mais tranquila,
que esconde os mais perigosos mares,
vejo mais uma a cair com agonia,
por tão venenosos ares.

O alerta havia sido dado:
por tais ares corpos já haviam sido enterrados,
por que nínguem a de ter me escutado?

Longe de sepulturas célebres
por um cemitério já isolado
exércitos de pequenos soldados
roem a carne do corpo espedaçado.

Sob as sombras de mais uma noite
desaparecem rins, pulmões e corações,
teria amado ver tão nobre dama,
portadora de olhos tão quentes como chamas.

Sobre o solo lamacento e a água podre do lodo,
nos céus aparece o abutre,
negro, faminto e poderoso

Desesperadamente tento sair desse jogo;
minha alma que não me amole,
a esta umidez brumal cercada de fogo que já me consome,
e o abutre que cima não some:
chega com este sofrimento, deixe-me morrer jovem.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Homem e o cavalo.

O cavalo que vagava tranquilamente pelos campos mais tranquilos e verdes,
livre para ir e vir, mas cansado de não ter compromissos ou responsabilidades,
e de ver a vida passar sem fazer nada que marcaria sua existência, resolve fazer uma aliança com o homem:
_ Serei seu mais fiel escudeiro e levarei suas mensagens onde for necessario.
E o homem coloca sobre ele uma cela:
_ À patir de hoje, e para sempre, serás meu escravo!

sábado, 19 de abril de 2008

O Homem e o Leão.

O homem se aproxima do leão e diz:
se fosse mas bondoso e honesto eu lhe daria proteção;
E o leão responde:
Nós leões não procisamos de proteção,
quanto aos outro dois,
se fossemos mais bondosos e honestos nos tratariam como cachorros!

A História de Asca parte I: Galä, o Herói de Asca

Galä, o mais temido e poderoso de todos guerreiros.
Amado por seu povo e odiado por Melador,
o inimigo da paz e de todos os povos livres do leste.
Louco por poder Melador, responsável por milhares de batalhas atravéz das eras, volta seus olhos para Äsca, terra de Galä, que se ve enfraquecida e esgotada por anos de batalhas cruéis, a derrota e a desonra se mostram iminentes.
Vagando por campos a tempos vistosos e perenes e que hoje nada mais cresce Galä se depara com a criatura mais temida do exército de Melador: Galiant. Monstruosa e dona de um tamanho descomunal, não nota a presença de Galä, o mais notável dos homens, que corre desesperado e temendo por sua existência. Quando se encontra seguro, se encolhe e, pela primeira vez sente medo, e chora lágrimas que jamais deixariam aquela terra secar e, envergonhado, jura jamais fugir novamente.
Diante disso, monta em Valador, seu cavalo magnânimo, e parte sozinho. Passa pelas terras de Moro Proudneck como um raio cortando o céu, e aqueles que o olham correm desesperados e assustados para o lado oposto, pois vêem ali olhos raivosos e vermelhos como se fossem os olhos do próprio Melador. Chegou sozinho em frente aos enormes e frios portões de prata da fortaleza de Melador, sôou sua trombeta e agrediu mais de uma vez os enormes portões chamando Melador para um combate homem a homem. E Melador veio.
Os portões se abrem, e Melador logo percebe que sua vida, pela primeira vez, corria perigo e ataca Galä que se desprende rapidamente e fere Melador, que solta um grito de dor que ainda perduaria por tempos pelo eco das montanhas. E assim acontece mais três vezes até que Galä, com fragilidade humana se cansa e Melador aproveita para acerta-lo um único golpe fatal. Possuido pela raiva de ter sido ferido quarto vezes Melador profana o corpo derrotado e o leva para as profundesas de seus castelo.
A queda de Galä logo se espalha e rapidamente chega a Asca, que chora a queda de seu Rei mais poderoso. E neste dia Diondor, o Músico cria a mais bela canção já feita nas terras de Asca, a canção das Lágrimas Infinitas e nesse mesmo dia torna-se o novo Rei. Melador surpreende-se com o poder que ainda existe dentro do coração dos homens e tira seus olhos malignos de suas terras por um século, o qual é visto como os mais próspero de toda a história de Asca. Mas esse silêncio um dia acabaria e um novo guerreiro surguiria para assegurar, mais uma vez a paz: Orodreth Tinúviel, o Príncipe